As crianças, de acordo com o seu nível de desenvolvimento, interpretam os diferentes acontecimentos da sua vida e reagem de acordo com essa interpretação. Estas reações podem ser diversas e alteram-se de acordo com a criança, sendo as reações mais frequentes:

• Comportamentos de birra e oposição;

• Indisciplina (na escola e/ou em casa);

• Timidez e isolamento social;

• Atrasos de desenvolvimento;

• Medos (ex. do escuro, de morrer, ser raptado, monstros ou fantasmas);

• Enurese (fazer “xixi” durante o dia na roupa ou durante a noite na cama);

• Encoprese (fazer “cócó” na roupa);

• Distúrbios alimentares (bulimia ou anorexia);

• Desmotivação escolar.

Contudo, não é porque a criança apresenta algumas destas reações que obrigatoriamente terá um problema. Estas reações têm de ser avaliadas tendo em consideração alguns aspetos, como:

•     há quanto tempo apresenta estas reações;

•     se já foram feitas tentativas para o ajudar que não tiveram resultados positivos;

•     se estas reações estão a interferir com o desenvolvimento (ao nível pessoal e em contexto social e escolar);

•     se estão a interferir com a vida familiar;

•     se são reações invulgares para a idade.

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Avaliando todos estes pontos, é importante que o cuidador tente perceber o que poderá ter despoletado estas alterações. Há acontecimentos que poderão ser a causa, tais como a morte de alguém próximo, o divórcio dos pais, transições familiares e transições escolares. Porém, é necessário ter atenção que existem acontecimentos na vida da criança, que aos olhos de um adulto não são importantes mas que para a criança são justificativos das suas alterações comportamentais e/ou emocionais.

Neste sentido, se o cuidador vê alterações na criança que sejam significativas e que tenham consequências para a criança, família e/ou meio social e escolar, e simultaneamente não consegue compreender e atuar de forma a proporcionar um reequilíbrio, a procura de um(a) psicólogo(a) poderá ser importante.